São Paulo terá Centro de Supercomputação Científica

No dia 29 de janeiro de 2024, a proposta para a criação do Centro de Supercomputação Científica do Estado de São Paulo – C3SP, apresentada em conjunto pelas três universidades federais de São Paulo (UFABC, UFSCar e Unifesp), o ITA, as três universidades estaduais (Unesp, Unicamp e USP), a FEI e o Instituto Mauá de Tecnologia, foi aprovada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A proposta visa não só à aquisição de um supercomputador, mas também à sua instalação, operação, suporte e capacitação de usuários(as).

Foto por Vishnu Mohanan/Reprodução/Unplash

A chamada de propostas para Apoio a Centros de Computação de Alto Desempenho, lançada em 2022 pela Fapesp, teve como objetivo prover o Estado de São Paulo com um sistema computacional de alto desempenho, a fim de suprir de forma adequada as demandas de pesquisa e inovação.

A missão do Centro de Supercomputação Científica do Estado de São Paulo – C3SP é promover o desenvolvimento científico estadual, fornecendo recursos computacionais de alto desempenho para a comunidade através de serviços de fácil acesso, intuitivos e resilientes. A Unifesp, parceira desta iniciativa, terá assento no Comitê Gestor do C3SP.

O supercomputador a ser implantado terá uma capacidade de processamento mínima de 1,8 Peta FLOPS em CPUs e 3,0 Peta FLOPS, o que o colocará na lista dos 500 supercomputadores de mais elevada capacidade de processamento, devendo ser instalado em um centro externo às instituições parceiras, que ofereça serviço para abrigar de forma adequada sistemas computacionais.

Os supercomputadores científicos são computadores especialmente projetados e otimizados para proporcionar grande capacidade de processamento, tornando viável a implementação de aplicações computacionais de altíssima complexidade. Segundo o professor Elbert E. Nehrer Macau, coordenador de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (ProPGPq) da Unifesp, a supercomputação científica permeia hoje todas as áreas do conhecimento.

“De desenvolvimento de fármacos, previsões climáticas e desenvolvimento de protótipos até detecção de padrões, análise de grandes volumes de dados e estratégias de inteligência artificial, é a supercomputação científica que provê os instrumentos necessários para torná-los factíveis. Ela concebe e desenvolve modelos computacionais e estratégias de processamento e análise de dados, que devem ser implementados em sistemas computacionais. A eficácia dessas implementações, quantificada pelo tempo de processamento e pela possibilidade de lidar de forma adequada com grandes volumes de dados, depende da capacidade de processamento do computador utilizado”.

Para o professor Fernando Atique, pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Unifesp, “a aprovação da proposta significa o estabelecimento de um novo patamar para o desenvolvimento científico do Estado, e a participação da Unifesp mostra o compromisso institucional com os desafios contemporâneos de ciência e tecnologia que procuramos vencer.”