Imagem do dia #4 – Galáxias como grãos de areia 

Imagem por ESA / SPIRE Consortium / HerME 

Milhares de galáxias se aglomeram, capturadas pelo Observatório Espacial Herschel. Cada ponto representa uma galáxia inteira, contendo bilhões de estrelas, no que é conhecido como Universo Profundo.

Por mais de uma década, os astrônomos têm se intrigado com galáxias brilhantes no Universo distante. Essas galáxias luminosas no infravermelho parecem estar gerando estrelas a taxas que desafiam as teorias convencionais de formação galáctica.

Agora, o Observatório Espacial Infravermelho Herschel, da European Space Agency (ESA), com sua capacidade de mapeamento sensível em vastas áreas, observou milhares dessas galáxias e identificou suas localizações, revelando pela primeira vez que elas estão se agrupando, formando grandes aglomerados galácticos devido à força de sua gravidade mútua.

O efeito manchado na imagem revela esse agrupamento. Tudo indica que essas galáxias estão colidindo umas com as outras e formando grandes quantidades de estrelas como resultado desses encontros violentos.

Esta imagem é parte do principal projeto de pesquisa do Herschel Multi-tiered Extragalactic Survey (HerMES), que investiga a evolução das galáxias. O projeto utiliza o instrumento SPIRE (Spectral and Photometric Imaging Receiver) um receptor de imagem espectral e fotométrica – do Herschel e tem explorado grandes áreas do céu, cobrindo atualmente 15 graus quadrados, ou cerca de 60 vezes o tamanho aparente da Lua Cheia.

Esta imagem em particular foi capturada em uma região do espaço conhecida como Lockman Hole, que oferece uma linha de visão clara para o Universo distante. Este buraco está localizado na familiar constelação da Ursa Maior.

As galáxias vistas nesta imagem estão todas situadas no Universo distante e têm a mesma aparência que tinham há 12 bilhões de anos. Elas são codificadas por cores em azul, verde e vermelho para representar as três bandas de ondas usadas para a observação pelo Herschel. Aquelas que aparecem em branco têm intensidade igual nas três faixas e são as que estão formando mais estrelas. As galáxias mostradas em vermelho são provavelmente as mais distantes, aparecendo como eram há aproximadamente 12 bilhões de anos.

O HerMES continuará a coletar mais imagens em áreas mais extensas do céu, com o objetivo de construir uma imagem mais completa de como as galáxias evoluíram e interagiram ao longo dos últimos 12 bilhões de anos.

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Edição: Notícia dos Vales, com informações do Herschel Space Observatory