Em Forquetinha, a Casa Memorial Marlise Schneider é mais do que uma casa centenária. É um espaço que guarda mais de um século de histórias de famílias descendentes de colonizadores alemães da região. Localizada em Vila Hass, interior do município, a casa foi restaurada e transformada em museu particular pelo morador Lucas André Grahl da Silva.
Foto por Alicio de Assunção
A casa, construída em estilo enxaimel, teve como primeiro morador Jacob Winter Filho, e foi construída por seu pai, um mestre carpinteiro nascido em 1845. Ao longo dos anos, a casa passou por diversas gerações, até chegar a Marlise Schneider, tia de Lucas, que foi a última moradora do local.
A restauração da Casa Memorial Marlise Schneider começou em janeiro de 2019, e foi um processo meticuloso. A varanda da casa foi totalmente demolida devido ao seu estado precário, o reboco foi retirado e parte das ripas do telhado foi trocada devido aos danos causados por cupins. Além disso, uma “salinha” foi reconstruída e um banheiro foi adicionado, algo que era incomum na época em que a casa foi construída.
Lucas destaca que o objetivo da restauração é preservar a história de sua família e de muitas outras da região. A casa foi denominada Casa Memorial Marlise Schneider em homenagem à irmã gêmea de sua avó, como forma de manter viva a memória de seus antepassados.
O Projeto de Extensão Patrimônio Vivo, da Universidade do Vale do Taquari – Univates, foi importante na restauração da Casa Memorial Marlise Schneider. A equipe do projeto realizou várias visitas à casa, contribuindo para o sucesso da restauração.
Lucas espera que a Casa Memorial Marlise Schneider inspire outros jovens a preservar a história de seus antepassados, lembrando que é importante saber de onde viemos para saber para onde vamos. A casa agora funciona como um espaço de cultura e preservação da história dos antigos moradores da região, um testemunho vivo do passado que moldou a comunidade de Forquetinha.
Edição do texto: Notícia dos Vales
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