UFSM e Fiocruz estudam variantes do coronavírus no interior do RS 

Quase quatro anos após o início da pandemia da Covid-19, a UFSM e a Fiocruz seguem somando esforços para entender o impacto das variantes do coronavírus no interior do Rio Grande do Sul.

Os estudos mostram que a variante Omicron, que surgiu no final de 2021, é mais transmissível do que a variante Gamma, que foi predominante no Brasil no início da pandemia. No entanto, a Omicron causa menos mortes.

A pesquisa sequenciou 772 genomas do vírus em 96 cidades do Centro e Noroeste do estado. Os resultados mostram que a Omicron representou 77% dos casos no período estudado, enquanto a Gamma representou 23%.

A mortalidade por casos de Covid-19 também foi menor na onda da Omicron. Na onda da Gamma, a taxa de mortalidade foi de 1,2%, enquanto na onda da Omicron foi de 0,3%.

Os pesquisadores acreditam que o nível de vacinação da população foi o principal fator que contribuiu para a redução da mortalidade na onda da Omicron. No final de 2021, 90% da população adulta do Rio Grande do Sul estava vacinada com duas doses.

Equipe do Campus de Palmeira das Missões – Foto por Divulgação/UFSM

Parceria permitiu pesquisa no interior do RS

O maior esforço de amostragem viral se dá em regiões metropolitanas, mais populosas, e por consequência há uma limitada representatividade de informações nas regiões menos populosas, como no interior gaúcho. Foi pensando em mitigar esse viés que pesquisadores da UFSM e a Rede Genômica Fiocruz estabeleceram uma parceria para realizar a vigilância genômica do SARS-CoV-2 nas regiões de Santa Maria e Palmeira das Missões.

Neste contexto, foram sequenciados e submetidos ao banco de dados internacional de vigilância genômica 772 genomas do vírus, de pelo menos cinco linhagens predominantes (B.1.1.28, P.1 – Gamma, P.2 – Zeta, AY – Delta e BA – Omicron), a partir de amostras provenientes de 96 cidades do Centro e Noroeste do estado. De Palmeira das Missões, 31 genomas de SARS-CoV-2 foram sequenciados, sendo 11 da variante Omicron, 19 da Gamma e 1 da linhagem XAG. De Santa Maria, 67 genomas de pacientes foram sequenciados, sendo 25 da variante Omicron, 38 da Gamma e 2 da Delta (confira na arte anexa).

Dois campi da UFSM estão envolvidos nos estudos

Da UFSM, participam deste trabalho em parceria com a Fiocruz pesquisadores e estudantes dos campi de Santa Maria e Palmeira das Missões. Do Campus Sede, participam equipes do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular e do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva. Já a UFSM-PM está representada por professores do Departamento de Ciências da Saúde e do Departamento de Zootecnia e Ciências Biológicas.

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Edição: Notícia dos Vales