A expressão ecoansiedade surgiu em 2017. Foi cunhada pela Associação de Psicologia dos Estados Unidos e pela ONG ecoAmerica. A ecoansiedade é um sentimento de preocupação, angústia e desesperança em relação às mudanças climáticas e seus impactos no planeta. Ela pode ser causada por vários fatores, como a exposição a notícias sobre eventos climáticos extremos, a percepção de que as mudanças climáticas estão piorando e a sensação de impotência para lidar com o problema.
Sintomas ansiosos relacionados às mudanças climáticas e ao meio ambiente em geral podem afetar pessoas de qualquer idade, mas é mais comum em jovens e em populações que já estão sendo impactadas pelas mudanças climáticas – caso de comunidades no Rio Grande do Sul que estão sofrendo com a influência de um evento de El Niño mais intenso, por exemplo.
Foto por Patrick Hendry/Unsplash
Ela pode se manifestar de várias formas, como:
– Sentimentos de tristeza, medo e desesperança
– Dificuldades de concentração e foco
– Problemas de sono
– Irritabilidade e agressividade
– Redução da autoestima e da sensação de bem-estar
Não há um tratamento específico para a ecoansiedade, mas existem algumas estratégias que podem ajudar a lidar com os sintomas, como:
– Falar sobre seus sentimentos com um profissional de saúde ou com um amigo ou familiar de confiança
– Participar de atividades comunitárias que promovam a sustentabilidade
– Inserir mudanças positivas no seu estilo de vida, como reduzir o consumo de energia e de recursos naturais
– Evitar o excesso de exposição a notícias sobre mudanças climáticas
É importante lembrar que a ecoansiedade é uma reação natural a uma realidade que está se tornando cada vez mais preocupante. No entanto, é possível lidar com seus sintomas e encontrar formas de agir para ajudar a proteger o planeta.
Dicas específicas para lidar com a ecoansiedade:
– Transforme sua preocupação em ação: busque formas de contribuir para a redução das mudanças climáticas, como reduzir o consumo de energia e de recursos naturais, reciclar e compostar, e apoiar organizações que trabalham pela sustentabilidade.
– Busque apoio profissional: um psicólogo ou terapeuta pode ajudar a desenvolver estratégias para lidar com seus sentimentos e pensamentos.
– Fale sobre seus sentimentos: conversar com um amigo, familiar ou terapeuta pode ajudá-lo a se sentir menos sozinho e a entender melhor seus sentimentos.
– Conecte-se com outras pessoas: participar de grupos ou comunidades que compartilham de seus valores pode ajudá-lo a se sentir mais apoiado e menos isolado.
– Cuidado com o que você consome: evite se expor a notícias negativas sobre mudanças climáticas em excesso, pois isso pode agravar seus sintomas.
– Cultive a esperança: lembre-se de que existem pessoas trabalhando para combater as mudanças climáticas e que é possível fazer a diferença.
Este conteúdo foi adaptado de material publicado em GZH, com base em uma entrevista realizada pelo veículo com Ana Sfoggia, psiquiatra do Hospital São Lucas e coordenadora de Saúde Global da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Descarte de lixo na Albania – Foto por Antoine Giret/Unsplash
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Edição: Notícia dos Vales