O Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), instituição vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), anuncia a aquisição de cinco obras do artista Mbya Guarani José Verá, que passarão a integrar o Acervo Artístico do Museu. O ato simbólico aconteceu na sexta-feira (19), às 17h, em comemoração ao Dia dos Povos Indígenas.
Foto por Divulgação/Margs
Para celebrar esse importante momento na história do acervo do Museu, que inclui a produção artística visual contemporânea relacionada aos povos originários, José Verá e sua família realizaram uma feira de arte guarani no Foyer do Museu, nos dias 19, das 14h às 17h, e 20, das 11h às 18h. A produção artesanal da aldeia do Campo Molhado, em Maquiné (RS), também será comercializada.
José Verá (1950) vive na Terra Indígena Guarani Barra do Ouro/Campo Molhado, a Tekoa Yvyty Porã, localizada entre as cidades de Riozinho e Maquiné. Desenhista e contador de histórias, ele apresentará, em ambas as atividades, as tradições e memórias da cultura Mbya Guarani.
A aquisição das obras do artista pelo Museu é possível graças à premiação conquistada pela Associação de Amigos do MARGS – AAMARGS, através do Núcleo Educativo e do Programa Público do Museu, no Edital Multilinguagens da Lei Paulo Gustavo – Porto Alegre. O prêmio é uma gratificação pela atuação da Associação no financiamento das programações expositivas e educativas do MARGS.
Desde 2023, o MARGS estabeleceu uma estreita relação com José Verá, sua família e aldeia, culminando nesta importante ação de reconhecimento. O artista e sua família participaram de atividades no Museu em duas ocasiões no último ano.
Além disso, a direção e a equipe do Núcleo Educativo e do Programa Público do MARGS têm visitado a Terra Indígena Guarani Barra do Ouro/Campo Molhado para estabelecer uma relação mais próxima com o artista, sua produção e a cultura Mbya Guarani.
Foto por Sérgio Guidoux
A aquisição das obras de Verá e a feira de arte guarani fazem parte da programação do MARGS no contexto da iniciativa “Repensando 19 de abril” de 2024, proposta pela Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) para celebrar o Dia dos Povos Originários. A ação nos convida a refletir sobre a história, os direitos e a preservação das culturas, bem como discutir as contradições dessa data e a resistência dos povos indígenas.
Edição do texto: Notícia dos Vales
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